Filha da falecida baiana Dona Jacirema e de Waldir, Sonia é cria do morro da Serrinha, berço do Império Serrano. Para participar dos ensaios da agremiação verde e branco de Madureira, ainda menina fugia de sua residência, pois sua mãe, que era membro ativo da escola, não a levava para os ensaios noturnos.

Sonia inicia sua trajetória na escola desfilando em alas. Dentre as alas a ser destacada, a da falecida Tia Albina.

Sonia relata que em 1982 quase que não desfila pelos percalços da vida, mas o amor ao Império a fez desfilar novamente em uma ala da comunidade: ala das pérolas do morro do cajueiro.
Como passista Soninha Bumbum foi considerada uma das mais completas dançarinas do carnaval carioca. Superou o feito de Nininha da Mangueira, mito da geração anterior.

Se Nininha tinha a habilidade de, em meio à evolução do samba, mexer uma nádega enquanto a outra ficava parada, Soninha foi além, revertendo a contração muscular de uma nádega para outra. Este feito lhe rendeu o apelido e muitos louros no mundo do samba. Soninha bumbum do império serrano correu o mundo. Visitou vários estados brasileiros fazendo shows e participando de concursos elevando o nome de sua escola de coração.

Segundo ela, aproveitou tudo o que o mundo do samba pode lhe proporcionar, inclusive shows na França. Sonia se orgulha em dizer que deu aula de samba no pé para várias pessoas entre elas modelos da Dijon. Em seu relato destaca sua grande parceria, Ana Paula Café.