Biografia
Nininha da Mangueira
Nome:
Sebastiana Teixeira de Almeida
Nome Artístico:
Nininha da Mangueira/ Nininha Chochoba ou Nininha Xoxoba
Nascida: 15 de dezembro de 1922
Falecimento: 14 de fevereiro de 1996
Foi uma personalidade do carnaval carioca e a segunda porta-bandeira da Estação Primeira de Mangueira. Iniciou as atividades carnavalescas com cinco anos de idade, no momento da unificação dos blocos carnavalescos do Morro da Mangueira e da criação das primeiras escolas de samba em 1929.
Recém nascida, Chochoba se mudou para o Morro da Mangueira com a família, residindo no alto do morro ao fim da rua Travessa Saião Lobato, próximo do endereço da primeira sede da agremiação. Aos cinco anos começou a desfilar na união dos blocos de Mangueira na Praça Onze, e com sete anos, em 1929, participou da criação das rodas de samba, partido alto e aquece de terreiro da Estação Primeira de Mangueira, que iniciava suas organizações como uma escola de samba. Durante esses anos, desfilou no bloco infantil da Mangueira.
Em 1941, chamava a atenção na escola por sambar e gritar a palavra “Chochoba” na medida em que se empolgava com a batucada. A partir de então, começou a ser denominada como Nininha Chochoba. Ainda no mesmo ano, após a saída da primeira porta-bandeira oficial da Mangueira, assumiu o pavilhão da escola. No Morro, além das atividades na escola, era famosa por ser rezadeira, benzedeira e conhecedora de ervas para simpatias.
Se ausentou do posto de porta-bandeira em 1953, por decorrência da doença de sua mãe. Outras fontes, como reportagens do Jornal do Brasil, apontam que Chochoba abandonou o pavilhão após casar, o que teria ocasionado o nascimento de seus dois filhos gêmeos posteriormente. Em 1954, a Mangueira, patrocinada pela loja de tecidos Khalil M. Gebara, organizou o primeiro concurso de porta-bandeira. Chochoba compunha o juri da competição, e na disputa estavam as sambistas Marta, Irací e Neide da Mangueira, sendo a última a vencedora para substituir Chochoba nos desfiles oficiais da agremiação. Anos depois, quando Roberto Paulino assumiu a presidência da Mangueira entre 1958 e 1960, resolveu reunir toda a velha-guarda da escola que estava afastada, chamando Nininha para virar destaque de honra na agremiação. Após sua solidificação como personagem de honra da escola ao lado de Dona Neuma e Cecéia, organizou a Ala Infantil, que desfilava a partir dos anos 1960 com mais de 52 crianças, além de desempenhar o papel de baiana nos desfiles.
Em 1965, chamou atenção do ator Grande Otelo, sendo convidada por ele para participar como uma “sambista doente” no filme italiano Una rosa per tutti, cuja personagem era medicada pela atriz e protagonista Claudia Cardinale e se mostrava “curada” após ouvir a bateria de uma escola de samba. Em meados dos anos 1970, ainda era assídua nas atividades da escola de samba, participando como personalidade essencial em eventos como arraial, ensaios e festas em geral.[1] Em 1978, ganhou o Estandarte de Ouro de “Melhor destaque feminino” por sua performance no desfile da Mangueira, com uma fantasia no valor de R$ 30 mil, pagos pela agremiação.