Biografia
Irmãs Marinho
Nome:
Olívia Marinho, Norma Marinho e Maria Luiza Marinho
Nome Artístico:
Irmãs Marinho
As Irmãs Marinho fazem parte da constelação salgueirense, formaram na década de 60 e 1970 um trio de passistas da agremiação vermelho e branco da Tijuca, marcaram os desfiles da instituição durante 15 anos.
Mary Marinho: Conhecida pelo passo Bofetão, que misturava o miudinho com o samba de roda. Norma: Dançava o samba rasgado, alternando o miudinho com o sapateado. Olívia Marinho: Realizava o samba de partido alto, partindo do sapateado de samba e fazendo uma parada brusca. As Irmãs Marinho eram conhecidas por dançarem juntas, mas cada uma tinha formas próprias de sambar. Eram filhas de Carmen, porta-estandarte do famoso rancho Ameno Resedá, primeira mulher a ingressar no bloco Mulatinhos Rosados de Laranjeiras e cantora da Rádio Clube ; sobrinhas da famosa Carminha Rica, uma das mais famosas folias do Cordão da Bola Preta.
O Carnaval já estava no sangue das meninas, vinha de família o gosto pelo festejo popular pelas artes, mas o caminho trilhado por elas foi diferente da maioria dos passistas da época. Moradores de Laranjeiras estudaram no Colégio Franco Brasileiro e, por demonstrarem amor e aptidão pela dança, foram matriculados na academia de Maryla Gremo, primeira bailarina do Theatro Municipal e grande coreógrafa. Essa base clássica seria um diferencial na forma de elas dançarem.
Ao chegarem em 1959 ao salgueiro já brilhavam no universo da dança Interessadas em todos os tipos de dança, Mary e Olívia integraram a mitológica excursão do Ballet Brasiliana, comandado por Haroldo Costa, primeiro namorado e depois eterno companheiro de Mary, que correu o mundo sempre com muito sucesso. Ao chegarem ao Brasil, com o acréscimo da participação de Norma, a mais nova das irmãs, começaram a participar dos shows de Carlos Machado. Como sempre se apresentavam juntas, nasce aí o nome artístico: Irmãs Marinho.
O sucesso foi enorme. Apresentavam-se como atração de grandes shows como Rio de Janeiro a Janeiro e Banzoe, apareceram no cinema em filmes de Grande Otelo e Ankito, além de realizarem importantes apresentações, como no Festival de Cannes e em um grande espetáculo no Waldorf Astoria, que foi transmitido pela tevê americana.
O trio também ganharia notoriedade na folia na noção de uma atração a mais dentro do desfile da agremiação, dando origem a outros grupos de dançarinos dentro das escolas que mais tarde se transformaram nos grupos de passistas.
Em 1986, elas voltaram a desfilar com as mesmas fantasias que usaram em 1965, quando a escola homenageou Fernando Pamplona.