Antônio era ‘Lorde Manga’, o rei do samba, dedicação a verde e rosa. Saiu de Caratinga para brilhar no Rio de Janeiro entre a década de 60 e o início da década de 70. Sua história começa quando ele se muda para Caratinga para o Rio de Janeiro sua trajetória no mundo do samba começa quando ele passa a desfilar no bloco Corações das Meninas no bairro da Saúde, se tornando atração migrando para a escola Unidos do Morro do Pinto, no ano de 1960. Após uma breve passagem pelo Acadêmico do Salgueiro, passou a desfilar na Mangueira, sua verdadeira paixão, segundo relatos de D. Dora, sua esposa, ele já chegou sendo o melhor passista, Com samba no pé, carisma e alegria, não teve para ninguém: Manga recebeu o título de Lord no I seminário nacional do samba em 1966 quando ainda desfilava pelo Acadêmico do Salgueiro, pela sua exibição no evento se tornando Lord Manga.

O ano seguinte entretanto nem tudo foram flores na carreira do passista na semana do carnaval a direção dos acadêmicos do Salgueiro comunicou que não lhe faria fantasia prometida. Ao tomar conhecimento do fato a ala dos compositores do Salgueiro resolveu a situação montou uma fantasia com peça dos anos anteriores para que Lord Manga pudesse desfilar, ele desfilou com o habitual brilho e alegria, mas ficou ressentido com o fato: ao saber do ocorrido Djalma dos Santos o Djalma preto vice-presidente da mangueira não perdeu tempo integrou o passista a “Ala Vê se Entende” que pertencia a sua família.

Segundo Lord Manga em entrevista concedida a Rego (1994, p 70-71) foi a realização de sua vida, desfilar na verde e Rosa, Djalma organizou uma festa com auxílio do pessoal da contravenção convidou para comemorar a sua chegada a Mangueira e convidou a Manga nata dos passista da época entre eles estavam Sérgio Jamelão, Jorginho e Careca, da império; Vitamina do Salgueiro; Zé da favela, Tijolo, da Portela, Elson PV da Unidos dos Cabuçu e Robertinho da própria Mangueira.

Lord manga fez tanto sucesso que figurou no filme “Terra e trânsito” de Glauber Rocha, posou para a capa do disco “Carnaval Copacabana 70” ao lado da rainha da Miss renascença Aizita do Nascimento e de Paulinho cascata o LP que reúne samba enredo de diversas escolas; interpretou o operário negro da peça ‘Dr. Getúlio, sua vida, sua glória” de Dias Gomes e Ferreira Gullar, no teatro opinião. impossível falar de Carnaval, na década de 60/70 não se recordar daquele que fez história inclusive no Programa do Chacrinha, em que ficou em 1º lugar entre oito passistas realizando os passos denominado por ele como Elefantinho, Caratinga, Reverência e rasgado.

Lord Manga abandona o mundo midiático do samba em 1971 já com viagem marcada para a Europa retorna a sua terra natal constitui família e funda em sua cidade o Grêmio Recreativo Escola de Samba João Caetano do Nascimento – em homenagem ao fundador de sua cidade- Caratinga MG.