Moysés Francisco, nascido em Olinda, Nilópolis, na Baixada Fluminense, Coronel dentista do Exército, passista da Portela e da Beija flor de Nilópolis. Fez sucesso com o grupo Os 12 de Ouro, que nos anos 70 fazia apresentações de samba no Brasil e no exterior. Juntamente com ele formavam a companhia Haroldo, Paulinho, Luciano, Sidnei, Jorge, Nívea, Cacilda, Nêga Pelé, Regina, Nilzete e Dalva.

Através de seus passos, ganhou bastante notoriedade no Carnaval e chegando a participar do livro “Dança do Samba, exercício do prazer”, escrito em 1996, pelo jornalista José Carlos Rego. Em entrevista para o autor do livro, Moysés apontou os requisitos necessários para ser um bom passista. “Há de ter postura elegante. O passista de boa postura não faz gestos ou cria situações que levem à obscenidade. A dança do samba, por si mesma, já detém uma farta carga de sensualidade. Forçando, fica pornográfica. E tem mais: a nudez nada acrescenta ao sambista, porque o desfile da escola é fantasia. E nos seus dois aspectos.

No sentido lúdico e na roupagem que o enredo pede. Se não está fantasiado, o passista está fora do contexto do enredo. E não precisa gastar muito com a fantasia. (…) O passista deve encerrar sua apresentação suado, gotejando, cansado. Nunca sujo”. Sua paixão pelo carnaval era tanta que alugava um apartamento no edifício balança, mas não cai para ficar pertinho da Marquês de Sapucaí na época da folia.

Além disso, atuou como compositor e ritmista, foi Estandarte de Ouro 86 pela Beija Flor, passos executado por ele que lhe conferiu uma identidade diferenciada a ponto de ser considerado o melhor passista masculino de 1986 são eles chicote, spaghetti e carrapeta No ano de 2007 concorreu à presidência da escola das eleições da Portela, mas não logra êxito na empreitada.