Biografia

Tijolo da Portela

Nome:

Alexandre de Jesus

Nome Artístico:

Tijolo da Portela

Falecimento: 6 de novembro de 2001.

Conforme a pesquisa realizada José Carlos Rego que originou o livro a “Dança do Samba – Exercício do Prazer”, nele, o jornalista informa que a figura do passista surge nas décadas de 40 e 50, seu primeiro grande representante é documentado é Alexandre de Jesus, o popular Tijolo da Portela.

Antes dançar samba no meio da roda era tida como “coisa de mulher”, a dança do samba era praticada pelos homens, mas não de forma aberta no meio da roda como centro das atenções. Os homens se exibiam sempre nas alas, um bom exemplo são as de passo marcado que exibiam coreografias ensaiadas e sincronizadas, essas alas fizeram muito sucesso entre as décadas de 60 a 90 depois caíram em desuso. Rego, (1994, p.24) descreve a figura controvertida de Tijolo e sua trajetória para brilhar no mundo do samba ”Tricolor, pai de 11 filhos em diferentes uniões ex-estivador, nos anos 90, tijolo é aposentado como detetive e também das luvas de boxe que lideram raro vigor físico. Mas foi no samba que trilhou o brilho da fama levando a percorrer o mundo. Entretanto na década de 50 era regurgitado da quadra de ensaio da Portela ao querer se impor como solista em meio a um coletivo das alas.

Tijolo deve a sua visibilidade e afirmação no mundo do samba enquanto passista solo a Carlos Machado que em 1950, o rei da noite, decidiu introduzir elementos das escolas de samba em uma revista musical intitulada “Million Dollar, Baby” iria ao palco na boate Night and Day na época mais luxuosa da então capital federal. Após algumas tentativas frustradas com alguns baluartes do samba que tinham a primazia de conduzir as escolas na avenida, sendo também sondada a ala dos impossíveis, todas as alternativas apresentadas esbarravam na questão técnica do palco demasiadamente pequeno para suportar a estrutura sugerida.

Para atender as expectativas de Carlos Machado, Waldir 59, sugere o nome do maluco, isto é Tijolo, pois era assim conhecido na quadra da agremiação, pelas as expressões corporais que ele insistia em impor nos ensaios, denominadas de Maluquices, essas coreografias a princípio esquisitas caíram justas como uma luva no palco.

A presença de Tijolo na revista de Carlos Machado repercutiu intensamente no universo do samba o fato de um sambista destacar-se na noite fora das quadras das escolas com suas coreografias “malucas”. A partir do sucesso de Tijolo no folhetim que teve sucesso de bilheteria e correu mundo o fora, Ele ganha notoriedade tal qual é sugerido pelos registros históricos que o documentam, e alavanca a mudança de dois paradigmas: a inserção da figura masculina proeminente no centro da roda e a instituição da figura do solista de samba, algo também inusitado para as configurações do desfile da referida época. cujos registros apontam como o criador do personagem “passista”.

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